sábado, 10 de dezembro de 2011

Terapia usa videogame na recuperação de paciente


Quando surgiram na década de 80, os videogames eram culpados por incentivar o sedentarismo. Porém, essa visão sofreu uma reviravolta com os consoles modernos, como o Nintendo Wii e o Kinect, acessório do Xbox 360, que são equipados com sensores de movimentos. Considerados por médicos bons exercícios, os jogos de esportes e dança, por exemplo, fazem sucesso entre os terapeutas. Ao transferir a ação do joystick para os detectores de movimento, os jogadores deixam o sofá de lado e partem para o exercício.
Há cerca de 4 anos, um médico canadense levou seu console Nintendo Wii para o hospital, com a intensão de promover uma fisioterapia mais divertida. O hospital logo notou o potencial do brinquedo e adquiriu um videogame próprio. A moda pegou e agora, no Brasil, pacientes podem se beneficiar da chamada “gameterapia”.
“A utilização terapêutica do videogame complementa a reabilitação de pacientes vítimas de fraturas, doenças degenerativas – como alzheimer e parkinson – ou com sequelas de derrames cerebrais. O jogo não substitui a fisioterapia tradicional, mas funciona como uma ferramenta a mais no processo ”, afirma Samantha Sanches, fisioterapeuta e diretora da clínica Master Fisio.
Segundo Samantha, com os jogos interativos, os pacientes se envolvem com a competitividade e tentam superar seus limites. “Dá para notar que eles se esforçam mais para vencer os jogos, isso aumenta a força muscular e, consequentemente, melhora os movimentos e o equilíbrio, estimulando a atividade cerebral e aumentando a capacidade de concentração e coordenação motora”, conta ela. “Além disso, como eles se divertem, nem notam o tempo passar, diferentemente de quando precisam fazer vários exercícios repetitivos.”
A aposentada Lola Mori, de 73 anos, conta que se interessou pelo jogo quando um amigo da neta levou o brinquedo para sua casa. “Eu gostei muito, achei interessante o jogo de dança porque ele ensina todos os passos. Acabei comprando um. Minha saúde melhorou muito, me sinto melhor agora. Até o médico notou a diferença.”
O fisioterapeuta Thiago Cattolo afirma que, além de divertida, a técnica reúne a família. “O paciente acaba comprando o videogame e jogando em casa, com os filhos e netos, essa interação ajuda na recuperação.” Thiago conta que qualquer um pode se beneficiar dos jogos. “A técnica é recomendada para qualquer paciente que esteja em recuperação ou mesmo como exercício físico, desde que ele passe por uma avaliação médica e tenha a orientação de um fisioterapeuta.”


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